The Princes of Machu Picchu - Rio Grande Games

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Um jogo de Mac Gerdts para 2 a 5 jogadores, a partir dos 12 anos de idade, com a duração de 90 minutos.


Objetivo do Jogo
Em Princes of Machu Picchu os jogadores tentam, através da produção de bens e de outras ações, obter o auxílio de padres e virgens, de forma a proteger a localização de Machu Picchu. Caso não o consigam fazer, os Conquistadores Espanhóis descobrem-na…


­­­Conteúdo da Caixa
«» 201 Peças de madeira:
     » 1 Marcador de tempo (laranja)
     » 8 Pedras de templo (cinzento)
     » Produtos:
          - 38 Lamas
          - 28 Folhas de Coca
          - 28 Peças de Cerâmica
          - 28 Peças de Tecido
     » Peças dos jogadores (em 5 cores):
     » 60 Incas (discos)
     » 10 Pedras de Jogo: 5 x “Seguidor“, 5 x “Príncipe“
«» Tabuleiro
«» Regras do Jogo
«» Folheto de Introdução Rápida
«» Folheto Histórico de Machu Picchu
«» 28 Cartas de Sacrifício
«» Material impresso (em 2 páginas):
     » 64 Peças de milho (1 ou 3 milho)
     » 15 Cartas de Padre e Virgem
     » 5 Ajudas para os Jogadores
     » 1 Placa de Sol (amarelo, indica o jogador inicial)
     » 7 Placas de Lua (redondos
     » Regras de jogo
     » Introdução rápida
     » Almanaque histórico de Machu Picchu
     » 28 Cartas de Sacrifício



Visão Geral do Jogo:
Cada jogador controla 1 Príncipe, 1 Seguidor e vários Incas (para produção).
Os jogadores movem os seus Príncipes pelos vários distritos de Machu Picchu. Quando o Príncipe entra num distrito, a ação correspondente é ativada. Existem distritos de produção, templos e casas de recrutamento. Nos templos, os jogadores realizam sacrifícios que depois transformarão em pontos de vitória.


Existem duas formas de Vencer o Jogo:
Machu Picchu permanece escondida:
O jogo termina imediatamente após a aquisição dos 15 Padres e Virgens. Os Incas tiveram sucesso e obtiveram a ajuda de Tayta Inti. Machu Picchu permanece escondida e o vencedor é o jogador com maior número de Pontos de Vitória.




Distritos de Machu Picchu
Zonas de Produção (Milho, Lamas, Coca, Cerâmica e Tecidos)
Quando um príncipe entra numa destas zonas, o jogador recebe todos os itens que lá estão colocados. Para além disso, todos os Incas, de todos os jogadores produzem: 3 de Milho gratuitamente, e uma peça de cada um dos outros itens a custo de 1 de milho.

Templos
Quando o príncipe é colocado num dos templos, o jogador pode fazer sacrifícios de forma a avançar no caminho Inca. O funcionamento dos vários tipos de Templo é explicado em pormenor no livro de regras.

Distritos de Recrutamento
Nestes distritos, o jogador pode recrutar novos Incas para os distritos de produção. Por cada Inca é necessário um custo específico, que pode ser encontrado na ficha de referência do jogador.

Casas dos Padres e Virgens
O objetivo do jogo é a recolha de todas as cartas de Padre e de Virgem. Estes permitem sacrifícios e ajudam o jogador a avançar no caminho Inca.

Praça Central
A praça central atua como mercado. Os jogadores podem comprar ou vender itens de acordo com o preço visível no quadro do mercado. O jogador que realiza a ação também faz variar o preço por 1 valor antes de iniciar as transações.

Relógio de Sol
Para além de permitir ao jogador avançar no Caminho Inca, o relógio de Sol permite a recolha dos Incas, e consequentemente a recolocação do Inca num outro distrito mais conveniente.

Regras Adicionais
Podes encontrar o resto das regras, explicadas em detalhe, no livro de regras traduzido em português que disponibilizamos abaixo.



 
Análise ao Jogo
GERAL
Princes of Machu Picchu é um jogo curioso. Antes de mais, temos de adiantar que nos surpreendeu pela positiva, o jogo revelou-se bastante cativante e permite um vasto número de opções, o que nos permitiu desenvolver várias estratégias. É um misto de gestão e colocação de trabalhadores e, embora possua alguns aspetos que poderiam ter sido melhor trabalhados, não deixa de ser uma experiência que recomendámos.
ABRIR A CAIXA
Ao abrir a caixa, para nossa grande surpresa… a mesma deixa muito a desejar. Novamente deparamo-nos com uma quantidade imensa de peças e nenhum tipo de organização, consequentemente, aconselhamos o investimento em saquinhos de plástico, vão precisar. Esta situação repete-se tantas vezes que começamos a suspeitar que é standard na indústria. De qualquer forma, encontramos um tabuleiro enorme, de dois lados (um em inglês e outro em alemão; isto repete-se em todos os componentes com texto impresso) e vários panfletos, um manual e um guia de iniciação rápida. Esta dualidade linguística é interessante e compreende-se que haja uma necessidade de cortar nos custos de produção, não é um artigo tão dedicado mas permite-nos ter a experiência diminuindo a despesa.
FACILIDADE DE MONTAGEM
Bem, quando temos duas centenas de peças de madeira e ainda mais componentes, nada é fácil de montar. Contudo, estes componentes são fáceis de identificar e de organizar. Basta dividirmos as peças pela aparência e dar a cada jogador uma de cada. Distribuir outras pelos distritos de produção e colocar as cartas e símbolos de sol/lua no tabuleiro. Parece algo avassalador mas acaba por ser bastante acessível. Aconselhámos a separação dos componentes por tipo ou a construção de caixas de papel origami (que servem também de stock, para que a mesa não se torne rapidamente num cenário de guerra).
COMPONENTES
Como referimos acima, este jogo é rico em componentes. Apresenta um manual de regras, um guia de iniciação rápida, um livro de contextualização, um tabuleiro gigante bem ilustrado e de fácil visualização e imensos… imensas peças. O tabuleiro é atrativo e gostamos bastante da disposição e do espaço disponível (embora ocupe quase toda a mesa de jogo). No tabuleiro encontramos impresso um trilho de pontuação que, durante quase todo o jogo é inútil porque os pontos de vitória são calculados somente no final (a remoção desta parte poderia ter diminuído o tamanho da caixa do jogo). Gostamos particularmente dos componentes de madeira, em primeiro lugar porque são de grandes dimensões e depois porque se conseguem manter de pé – o que dá um aspeto fantástico ao jogo. Todos os componentes são de grande qualidade e aparentam ser resistentes.
ASPETO/GRAFISMO
Como adiantamos no ponto anterior, os componentes deste jogo dão-lhe grande apelo. As ilustrações são de fácil visualização, não ofuscando o que é importante em função do aspeto gráfico. Um pormenor curioso é a transição de dia para a noite, que é feita removendo o sol, dando ao jogo uma dinâmica bastante curiosa mas apelativa. Todos os componentes de madeira foram moldados de forma a representar a sua função, o que, auxiliado pelo código de coloração facilita em muito o processo de organização para vendas e sacrifícios.
JOGABILIDADE
Princes of Machu Picchu é um jogo de colocação de trabalhadores, mas é também muito mais que isso. Claro, uma grande e substancial parte do jogo prende-se às decisões de onde colocar um determinado Inca, ou para onde mover o Príncipe de forma a avançar no trilho Inca, mas é também importante ter consciência dos fundos e dos materiais disponíveis, sempre com um olho nos dias que restam também. O jogo transforma o seu objetivo também, caso se dê a invasão espanhola. Embora seja bastante competitivo e a maior parte do tempo, cada jogador esteja em modo “cada um por si”, o objetivo geral de preservação de Machu Picchu faz com que quase, e sublinhe-se “quase” se possa considerar este um jogo de cooperação. Não o é! Aqui não há amigos nem alianças, apenas ganância e astúcia. Astúcia porque existe um grande fator aliado ao planeamento, que se revela na altura de terminar o turno e na aproximação do final do jogo e ganância porque todo o jogo revolve à volta da produção!
COMPLEXIDADE DAS REGRAS
Aqui este jogo atira a bola para fora. Não é que as regras sejam complicadas, é o próprio manual que as complica! Com uma certa ajuda de pequenos pormenores que por vezes escapam. Cada jogador possui uma carta de referência que é, sem dúvida, extremamente útil. Não se iludam, vão consultá-la várias vezes. Contudo, assim que se “apanha o jeito” do jogo e o processo se torna automático, a experiência revela que vale a pena passar pela curva de aprendizagem.
REJOGABILIDADE
Como existem duas formas de terminar o jogo, existe uma grande vontade de voltar a jogar para obter “o melhor final”, mas o jogo será sempre nos mesmos patamares e as estratégias formadas pelos jogadores terão tendência repetir-se – o que não é necessariamente negativo.
TEMÁTICA
Com toda a contextualização e com a necessidade de “salvar” Machu Picchu não há como não nos sentirmos atraídos pela temática deste jogo. Sendo de estratégia e portanto impessoal, não seria incorreto assumir que não existe uma grande imersão, mas acaba por se revelar bastante entusiasmante e no fundo, ninguém quer os espanhóis invadam…
CONCLUSÃO
Com um misto de história, mecânicas interessantes e boa construção, Princes of Machu Picchu é um jogo que recomendamos. Sem dúvida que oferecerá bastantes momentos de grande competitividade.


Tema/Objectivo









8
Mecânica/Regras









8
Componentes/Artwork









9
Jogabilidade/Interacção









7
Estratégia/Dificuldade









7
Duração/Diversão









8
Originalidade/Criatividade









7
Preparação/Começar a jogar









7
Caixa do jogo/Apresentação









6
Preço/Vale o Dinheiro









7
Apreciação Global7,4



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Paulo Santos
Diogo Silva
Paulo Santos
http://www.riograndegames.com/

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